O vento soprava meus cabelos
e eu de lombra assistia ao fim do mundo.
As árvores sumiam em sombras de fumaça.
As pessoas não se reconheciam,
matavam uns aos outros,
se esqueciam até daqueles
que um dia foram amigos,
Os filhos e os pais
que sempre foram unidos,
nesse momento eram cadáveres
entre a multidão, o que importava
era correr atrás de uma migalha de pão.
Mas eu muitos outros
assistíamos aterrorizados
ao fim do mundo.
Sozinhos procurávamos a paz e amor
de que sempre falávamos
e que todos diziam que era coisa de louco.
Nos estávamos em paz.
Talvez até encontremos uma resposta
antes que o pavio se apague,
e o mundo exploda
12/96
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"O sábio nunca julga,sempre aprende algo com o que gosta e mais ainda com o que não gosta "